As fases do luto de um jeito simples de entender
Você já pensou sobre a importância de saber as fases do luto? Já pensou que luto não se refere apenas à morte? Saiba mais sobre isso neste artigo.
Mesmo antes da pandemia de Covid-19 ou da guerra entre Rússia e Ucrânia, o assunto morte sempre esteve presente no cotidiano de todos, com temas mais ou menos chocantes sobre o assunto. Porém, a partir deste dois episódios da sociedade, a sensação e a vivência do luto, no sentido de morte, se tornou mais real, bem como, suas fases.
É importante, entretanto, considerar que luto não se refere apenas à morte de alguém. De várias formas, crianças, adolescentes, adultos e idosos experimentam, ou podem vir a experimentar situações de luto. Entender as fases do luto, portanto, pode ser essencial para ajustar e corrigir problemas emocionais que podem atrapalhar o desenvolvimento da vida social, mental e emocional.
Saber quais são esses sentimentos poderá ajudar na recuperação emocional, de maneira mais sustentável e duradoura.
Mas, afinal, o que é luto?
Antes de entrar nas fases do luto, é válido entender o que é isso. O luto é um conjunto de reações diante de uma perda significativa e que não precisa ser, necessariamente, uma morte.É definido como um processo, uma travessia, um percurso, e não um estado.
Diante disso,é essencial abordar e tratar situações em que o luto deixou de ser uma travessia e passou a ser um estado, uma situação mais permanente.
Ele é vivenciado por cada pessoa de uma forma diferente e é um processo natural no qual todos passam, com intensidades diferentes.
Vamos abordar, a seguir, as fases do luto, como já abordamos em outra ocasião aqui no nosso blog.
As fases do luto
Embora tenhamos uma classificação de fases para o luto, é essencial destacar que não existe uma ordem cronológica para que elas aconteçam. Isso porque, a forma como cada pessoa lida com essas fases é diferente entre um indivíduo e outro.
Com isso em mente, conheça essas fases:
- Negação: Fase em que a pessoa ainda não assimila a realidade e alimenta pensamentos de como voltar à situação anterior à perda.
- Raiva: Na busca de um culpado pela grande perda, a raiva é direcionada a pessoas envolvidas na situação. Momento de explosão de sentimentos.
- Depressão: Ao contrário da fase anterior, a pessoa se torna mais quieta, introspectiva e imobilizada por uma tristeza profunda pela perda.
- Negociação: É uma parte do processo em que a pessoa tenta “salvar” a perda, pensando em tudo que poderia ter feito diferente para alterar o rumo da situação.
- Aceitação: A dor da perda não deixa de existir, mas a fase de aceitação costuma vir acompanhada de uma sensação de paz. Após a compreensão do acontecimento é possível enxergar novamente perspectivas para a vida.
O luto precisa de tratamento?
Como falamos um pouco acima, neste artigo, o luto, quando deixa de ser uma travessia e passa a ser um estado, precisa de um acompanhamento.
Quando o luto se estende por um longo período e impede que a pessoa realize as tarefas de seu cotidiano, é sinal de que chegou a hora de procurar a ajuda de um psicólogo, pois o luto já se tornou patológico.
A psicoterapia ajuda muito na organização mental e na diminuição da sensação de caos interno.
Aceite ajuda para seu luto!
Na maioria das famílias, o assunto luto ainda é um tema delicado e com pouca comunicação. Crianças, adultos e até idosos podem passar por um processo difícil de perdas (físicas ou emocionais) sem ter uma ajuda profissional, o que pode causar grandes sequelas emocionais ao longo da vida.
Com o acompanhamento de um psicólogo é possível concluir quais os fatores que estão agravando o luto e, com isso, aprender a lidar com a situação de uma maneira mais assertiva.
A psicoterapia é um espaço preparado para acolher e para tratar as angústias que podem surgir com o luto. Ter um ambiente de escuta clínica especializada, com liberdade para falar e olhar para as dores, muitas vezes reprimidas, é a chave para a melhoria na vida.Para deixar sentimentos de culpa, mágoas e rancores para trás e voltar a ter esperança na vida, é essencial passar por atendimento psicológico, sem julgamento, permitindo que novos significados e vivências sejam elaboradas pelo paciente.
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